quarta-feira, 18 de abril de 2007

Ainda não sei se nos apaixonamos pelo que a pessoa é de fato , ou pelo q ela pode vir a representar pra nós...e o que uma pessoa é de fato? uma grande ilusão pra si mesma...para os outros então nem se fala...
ninguém se sabe ao certo...
eu estou pronta pra me surpreender comigo mesma ainda muitas vezes...caô!!!se vou me surpreeder é impossível q esteja preparada... mas pelo menos a consciência já diminui a frustração

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Ela estava deitada enfim. De bruços, lencol esticado desde os pés , puxando ardido a ponta de cada dedo, até o pescoço , parecia uma banana imensa. A medida que ia silenciando o que era possível percebia que quase sentia frio ... pensava que talvez fosse por causa do ventilador que estava ligado bem em cima dela,mas o frio não era de uma coisa de fora pra dentro, tentou verificar se o frio vinha de dentro pra fora...era quase isso ,por pouco , bem pouquinho não acertou. Sempre escutou: uma coisa que quase foi , não chegou a ser. enquanto ela respirava as articulações da coluna se esmagavam como se fossem expulsar alguma gelatina que houvesse entre uma e outra ... biscoitos cream cracker expulsando a manteiga pelos lados e pelos furos , ao mesmo tempo ,quando ela inspirava parecia que elas iam se desprender como se toda a coluna fosse uma linha poída em varias partes que ia sendo esticada e corria o risco de arrebentar em cada uma dessas partes poídas que eram entre as articulações.Ela lembrou , agora consciente da lembrança, de tudo que tinha vivído nos ultimos dias, pensou ter acertado o ponto de partida do frio. Nem de fora nem de dentro ,mas disso que ela viveu, das pessoas q ela viu e das situações ...e também esfriava o fato de estar sendo vigiada por alguém . Ela odiava a sensação de estar sendo avaliada e estava sendo avaliada por uma pessoa que mal a conhecia . Ela sabia precisar o elo mas não entendia direito o porque dassa ligação se esse elo mesmo que identificado estava jogado fora da corrente a muito tempo. ela dizia... ela, ela , ela ... ela só pensava em sí mesma e tinha uma pessoa olhando a vida dela como um cientista coloca um bichinho, uma celulazinha numa lâmina de microscópio e olha olha olha...peladinha . tudo que aconteceu nos ultimos dias era tão mais importante, dizia respeito a vida, ao ser humano ,a existencia. Dizia a respeito de deus . E ter essa pessoa observando a vida dela ...isso era um fato tão ínfimo perto de tudo. Mas incomodava porque ela sabia que a pessoa não considerava as coisas pelas quais ela tinha passado e no fundo no fundo ela sabia que a essência da vida dela também se resumia a isso , observar a vida das outras pessoas nessa lâmina fria desse grande microscópio. E ao mesmo tempo essa essência da vida dela era julgamento ...e não julgueis para que não sejas julgado. Lembrava de repente do que tinha lido num livro sobre uma cidade, a cidade de Roma : ela é uma grande mãe que tem muitos filhos e não consegue dar atenção a todos eles, então se pode entrar a hora que quiser e ela te recebe de braços abertíssimos da forma que você é, e vc podia ir embora a hora que quiser que ela não terá tempo de perceber.
Lembrou que muitas vezes sentiu a vida assim : damos tanta tanta atenção e mexe tanto por dentro e torce a alma pensar no mundo e acima de tudo pensar q o mundo te pensa, sendo que o mundo pensa em tantas pessoas que se em algum momento vc sai do pensamento do mundo ele nem te percebe ...porque me preocupo tanto com o que as pessoas pensam sobre mim, se a despeito disso , uma vez eu não estando mais aqui elas não vão lembrar?eu lembro dos amigos que jah passaram mas como um filme distante .cada um vai se envolver com outros pensamentos sobre outras vidas de outras pessoas e tanto faz o que pensaram no dia anterior...ela respirou bem fundo, inspirou bem forte depois lançou tudo de ar pra fora ...e viu como era gostoso inspirar por necessidade real